segunda-feira, 6 de julho de 2015

A MAGNÍFICA BATH!

Bath é, para muitos, a cidade mais bonita da Inglaterra. E é verdade. Trata-se de uma bucólica localidade de cores homogêneas (um tom de bege), com ponte que lembra Florença, lindos parques, uma abadia deslumbrante, ruas maravilhosas, obras arquitetônicas de tirar o fôlego e um sítio arqueológico extremamente preservado, as Termas Romanas.

Idealizada e embelezada pelos dois gênios da arquitetura, John Wood pai ("O Velho") e John Wood filho ("O Jovem"), Bath, situada no vale do rio Avon, é a síntese perfeita do estilo georgiano. Georgiano, vale dizer, é o nome de um estilo de arquitetura derivado dos reinados dos quatro "Jorges",ou "Georges" (I, II, III e IV), que viveram entre os anos de 1720 e 1840. Combina elementos de barroco, ecletismo romântico, neoclassicismo, rococó e até mesmo neogótico. 

A bela cidade georgiana de Bath. 

Uma visão geral de Bath, a cidade georgiana bege.
Fonte: Wikimedia Commons. 






Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1987 , a cidade de Bath (chamada anteriormente de Acquae Sulis) tem como atração principal as "Termas Romanas de Bath",  fundadas após a invasão romana das ilhas britâncias em 43 a.C.



A entrada das Termas Romanas de Bath.
Fonte: Wikimedia Commons. 

Dentro das Termas Romanas de Bath. 



As termas foram construídas no entorno das fontes que já existiam no local, com o fito de se homenagear Sulis Minerva, combinação de uma deusa celta (Sulis, deusa das águas) e uma romana (Minerva, deusa das artes e da sabedoria).  São quatro os banhos do local: a Nascente Sagrada ; o Banho Grande; os Banhos Orientais e os Banhos Ocidentais.  Importante destacar que só em 1880 é que a maior parte dos banhos romanos foi escavada, revelando o centro em todo o seu esplendor.

Outro local que vale a pena visitar na cidade georgiana é a magnífica Abadia de Bath ("Bath Abbey"). Segundo lenda local, o bispo Oliver King teve inspiração para o formato da igreja a partir de um sonho. As paredes do local contam a história da igreja e da sociedade de Bath, sendo importante ainda destacar a abóbada da nave, construída em 1874 por George Gilbert Scott. 


Em frente à estupenda Abadia de Bath. 

A estupenda Abadia de Bath, vista das Termas Romanas. 
Vale destacar em Bath o Royal Crescent,uma das ruas mais curiosas e interessantes do mundo, formada por 30 casas juntinhas - é a obra-prima do arquiteto nascido em Bath John Wood, o Jovem.

Royal Crescent, uma paisagem urbana única no mundo.
Fonte: Wikimedia Commons. 
Também de grande interesse turístico é a obra de John Wood, o Velho (pai de John Wood, o Jovem), chamada "Circus".

O Circus, obra de John Wood, o velho.
Fonte: Wikimedia Commons. 
A Pulteney Bridge é também outro cartão-postal de Bath. Projetada entre 1769 e 1774 por Robert Adam, abriga lojas e liga o centro de Bath à Great Pulteney Street.  Parecidíssima com a Ponte Vecchio de Florença, na Itália.

"Bath Pulteney Bridge" por Christophe.Finot
Licenciado sob CC BY-SA 2.5
 Wikimedia Commons 
A cidade conta ainda com belos jardins e parques, sendo destaques o "Parade Gardens" e o "Royal Victoria Park".

Como chegar em Bath:  por carro alugado; por trem, a partir da estação de Paddington em Londres (viagem demora uma hora e meia), sendo o trem da First Great Western;  ou ainda nas inúmeras excursões a partir de Londres, quando Bath é combinada com Stonehenge e Windsor ou ainda Stonehenge e Salisbury. Não vale a pena ir a Bath de ônibus a partir de Londres, já que a viagem dura cerca de quatro horas. 

quinta-feira, 2 de julho de 2015

STONEHENGE, MÍTICA E MÍSTICA!

O interior da Inglaterra revela belas surpresas. Um lugar bastante interessante é o monumento pré-histórico "Stonehenge". 

A beleza das pedras mágicas de Stonehenge, na Inglaterra

"Patrimônio Mundial da Unesco" desde 1986, Stonehenge ainda é motivo de muitas controvérsias e está envolto em um mistério - estamos falando de uma construção do período pré-histórico (mais especificamente a Idade do Bronze no Neolítico), sendo impossível precisar a origem, a intenção e a forma como aquelas pedras foram ali colocadas.

As pedras. 


A teoria mais aceita é que o monumento megalítico  tenha sido obra de astrônomos e matemáticos, tal a precisão na colocação das pedras - a forma circular indica o posicionamento do sol e as mudanças de estações. Enfim, o local servia de base para a observação precisa do sol e da lua. Muitas outras teorias foram difundidas, chegando-se até a cogitar ser obra de extraterrestres, ou obra para cultos religiosos, mas o que prevalece no meio científico é a do estudo astronômico. Stonehenge é, para essa teoria mais aceita, como um computador, capaz de prever eclipses e fenômenos celestiais.



Ao longo dos anos ocorreram várias descobertas científicas acerca do místico local, redundando em três consensos.

O primeiro, surgido recentemente a partir de descobertas realizadas por cientistas e arqueólogos,  é a de que Stonehenge já teve formato circular. Hoje é entendimento pacífico.

O segundo veio à lume em 2012.  Geólogos de universidades do Reino Unido (Leicester e Gales) descobriram que as pedras foram arrastadas a partir de uma pedreira localizada no País de Gales, 260 km do local onde hoje se encontram.

Outro consenso, o terceiro, é a de que o famoso monumento, ao contrário das crenças populares, não foi construído pelos druidas, sacerdotes que viveram na Inglaterra três séculos antes de Cristo. O monumento já estava ali mil anos antes...

A grande dúvida mesmo, além finalidade do monumento megalítico (já ressaltada linhas atrás), é como as pedras foram arrastadas - muitos cientistas falam em deslocamentos durante a era glacial; outros preferem acreditar na engenhosidade humana principalmente utilizando-se de troncos de árvores.

O local conta com uma infraestrutura básica - há um centro de visitantes, com loja, um museu interativo e vários ônibus que levam os visitantes do centro até o monumento.

O estranho, e feio, centro de visitantes de Stonehenge. 

O ônibus que conduz os visitantes ao monumento megalítico. 

Depois de descer do ônibus, há ainda um caminho a percorrer...

A placa indica o fim da jornada nas famosas pedras....

Para se chegar à Stonehenge, o viajante conta com várias opções: por trem, de Londres a Salisbury, depois ônibus de Salisbury até o sítio arqueológico; de carro - cerca de 100 km de Londres; ou ainda nas muitas excursões de um dia organizadas a partir de Londres- geralmente Stonehenge é associado a outros passeios, como Bath.

Cada vez mais a Inglaterra pensa em proteger Stonehenge - a possibilidade de se chegar até lá de carro vai ficando cada vez mais difícil, com o fechamento de estradas para visitantes no entorno do monumento megalítico.

Enfim, Stonehenge. Um desafio para a ciência.