sábado, 12 de agosto de 2017

EGITO: ATUALIDADES

O Egito, país árabe localizado no norte da África, atrai enormemente a comunidade de viajantes do mundo todo, afinal é lá que encontram-se os vestígios de uma das mais antigas civilizações do mundo.  Conhecido como a "Terra dos Faraós", o Egito tem atrações de primeira linha, como as famosas Pirâmides de Gizé, a Esfinge, o Templo de Luxor, Karnak, Abu Simbel, Vale dos Reis, o Museu Egípcio.

E, nesse era do terrorismo global, o Egito é um dos países mais visados. Politicamente, a aproximação com Israel (Acordos de Camp David, 1978) trouxe problemas ao país, com o incremento do fundamentalismo islâmico. Já houve notícias de sequestro de turistas em terras egípcias, avião cheio de turistas sabotado (e derrubado!), explosões de bombas no Cairo, ataque a igrejas coptas (minoria cristã no Egito), entre outros perigos.

A pergunta que não quer calar: é seguro viajar pelo Egito?

O "não" deveria ser a resposta.  Mas há quem defenda o contrário. O certo é que as cidades egípcias e a Península do Sinai registram perigos consideráveis.

O Cairo (capital) é alvo constante de ataques com bomba - o último foi em uma igreja copta, em dezembro de 2016. Assim como foram alvos as cidades de Alexandria e Tanta, onde duas outras igrejas coptas foram atacadas por fundamentalistas suicidas em abril de 2017, registrando-se mais de quarenta mortes e centenas de feridos. Qualquer esquina pode ser perigosa na terra dos faraós.

A Península do Sinai (região de maioria beduína, localizada na tríplice fronteira Israel, Egito e Faixa de Gaza), onde está o turístico Mosteiro de Santa Catarina e praias igualmente turísticas como Sharm El Sheik e Dahab,  é um local que se transformou em base para fundamentalistas islâmicos após a queda de Hosni Mubarak na chamada "Primavera Árabe". Ou seja, é um lugar perigosíssimo; quem vai já sabe que corre risco. Pode ser que não aconteça nada; mas o turista pode se tornar refém de fundamentalistas, como já aconteceu com turistas que estavam em visita ao Mosteiro de Santa Catarina.

Ah, mas o Rio de Janeiro é mais perigoso, certo? Amigo, se você já mora no Rio de Janeiro (há muitos anos e ainda não morreu, diga-se) e ainda quiser passear em outro local perigoso, durante as férias, com tanto lugar mais seguro no mundo (embora hoje estar em qualquer lugar do mundo pode ser perigoso, devido ao terrorismo), a escolha é sua e é porque literalmente você gosta de estar em locais assim.

E, para os que defendem a ida ao Egito, é certo que podem evocar Paris como exemplo (segura quanto aos padrões de segurança pública local, que envolvem os crimes corriqueiros, mas insegura quanto ao terrorismo), já que por lá uma bomba pode surgir em qualquer lugar, a qualquer momento.

O site "Viaje na Viagem" fez um relato completo para o viajante que quer ter o Egito como destino, além de abrir uma sugestiva enquete: "Você viajaria para o Egito?".



A fabulosa Pirâmide de Queóps e a Esfinge, símbolos máximos do Egito.

domingo, 6 de agosto de 2017

DELOS, A ILHA DE APOLO!

A mitologia grega nos brinda com histórias maravilhosas, interessantes. Muitas vezes as grandes histórias mitológicas tornaram-se (e tornam-se) filmes, desdobram-se emmuito  livros inspirados nelas. E a Grécia está cheia de lugares que evocam o espírito mitológico, sendo Delos, Patrimônio Mundial Cultural, uma dos sítios arqueológicos mais significativos.

Delos e seus leões. Os leões são os símbolos locais.

Sítio arqueológico de Delos. Grécia.
 A ilha faz parte do arquipélago das Cíclades, o mesmo de Santorini e Mykonos. Tem posição central, daí a sua fama, localizando-se nas proximidades de Mykonos, e é de lá que partem os barcos com turistas para a visitação, que começa no meio da manhã e acaba no meio da tarde. O passeio é vendido nos hotéis e também no centro de Mykonos.

Localização central de Delos nas Cíclades. Em azul. In: Wikimedia Commons.

Delos, segundo a lenda, é o local onde Leto (Deusa do Anoitecer) deu à luz Artémis (conhecida como a "Deusa da Caça") e Apolo (Um dos doze "Deuses Olímpicos", sendo o Deus do Sol, da cura, da peste, das artes, profecia e do tiro com arco). 

A ilha sagrada já foi centro religioso e, em decorrência disso, centro de perigrinação; depois, porto comercial e, finalmente, é hoje um museu arqueológico a céu aberto reconhecido pela UNESCO por sua importância cultural.

Um passeio completo pelo sítio arqueológico demora cerca de duas horas, debaixo de muito sol.  As principais atrações são o Terraço dos Leões, o Anfiteatro e o Bairro do Teatro. Há ainda outros importantes locais, como o "Lago Sagrado" (o local), a Casa de Cleópatra, a Casa de Dionísio, a Casa da Máscaras, a Casa dos Delfins, o Santuário de Dionísio e o interessante Museu Arqueológico.

Como dissemos anteriormente, os leões são o símbolo mais marcante de Delos. Esculpidos em mármores de Naxos (outra ilha grega) sete séculos antes de Cristo, foram colocados naquele lugar da ilha para proteger o Lago Sagrado (hoje seco, com uma muralha demarcatória, é onde nasceu Apolo). Hoje existem, no local original, cinco réplicas dos nove  originais.

O Terraço dos Leões.
Detalhe do leão. Delos, Grécia.
O Anfiteatro foi construído 300 anos antes de Cristo. Perto dele, há uma enorme cisterna, responsável pela coleta de água da chuva e que supria boa parte da cidade.

O Bairro do Teatro, por sua vez, era o local preferido pelos ricos, que ali construíam casas luxuosas com pátios e colunatas.

Bairro do Teatro, em Delos.

A Casa de Dionísio, por sua vez, tem como destaque um mosaico em que o próprio aparece montando um leopardo.

Mosaico. Dionísio montado num leopardo.
O mosaico mais bonito de Delos é o da Casa dos Delfins  Delfins é sinônimo de golfinho. Eles aparecem em um elaborado desenho nessa casa.



Curiosa são as duas estátuas sem cabeça, representativas de Cleópatra e seu marido, que tinha o singular nome de Dioscourídes.

Cleópatra sem cabeça. Foto de Kevin Stroup. CC BY-SA 3.0 . In: Wikimedia Commons.

Por fim, vale destacar o Museu Arqueológico, que exibe os achados da ilha, tais como potes, cerâmicas, leões. Não é magnífico; é apenas um pequeno museu em que o visitante deve reservar meia hora do tempo total de visitação do sítio arqueológico, até que o barco de volta a Myconos dê a partida para o passeio turbulento da volta.